Opinião: "A Menina que Roubava Livros" por Zusak, Markus
- bookscofffee
- 12 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

Título: A Menina que Roubava Livros
Título original: The book Thief
Autor: Zusak, Markus
Tradução: Ribeiro, Vera
Categoria: Literatura estrangeira / Romance
Editora: Intríseca
Especificação: Brochura | 480 páginas Edição: 2007
ISBN: 97-8859-807-817-5
Sinopse: Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em "A Menina que Roubava Livros", livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times". Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de rouba-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhece-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
"O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A conseqüência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles tem uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer"
Minha Opinião: Uma historia referida na Alemanha nazista onde em tempos de guerra a morte tem muito trabalho pela frente. Diante de tanto terror a nossa narradora que nada mais é do que a ceifadora se depara com Liesel. Uma menina que vive os martírios do holocausto e para dar sentido a vida toma gosto em roubar livros. Sendo que a sede de conhecimento e a admiração pela escrita salvou sua vida de um fim trágico e precoce, sim, ela driblou a morte e ainda foi contemplada pela mesma. Meramente surpreendente, arrojado, melancólico e maravilhoso.
Avaliação: ★★★★★
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